
Ciencia y Educación
(L-ISSN: 2790-8402 E-ISSN: 2707-3378)
Vol. 6 No. 10.2
Edición Especial IV 2025
Página 722
comprising eight closed questions about
frequency of use, perceived effects and ethical
attitudes towards AI was administered to 123
students (36 from Software Development and
87 from Automotive Mechanics). The results
revealed that the most common uses were for
solving exercises and preparing reports,
confirming a trend towards instrumental use.
While most students reported an improvement
in the quality of their learning, a significant
proportion acknowledged that AI had limited
their analytical and autonomous capacities.
Keywords: Artificial intelligence, Higher
Technical Education, Learning, Skills,
Academic autonomy.
Sumário
A inteligência artificial (IA) tornou-se uma das
tecnologias mais influentes nos processos de
ensino e aprendizagem no ensino superior. No
caso das áreas técnicas, sua incorporação gerou
tanto benefícios quanto riscos: embora
promova a personalização e a otimização de
tarefas, observa-se também uma tendência ao
uso puramente instrumental, o que pode limitar
a autonomia e o pensamento crítico dos
estudantes. O objetivo desta pesquisa foi
analisar a influência da IA na formação de
estudantes dos cursos de Desenvolvimento de
Software e Mecânica Automotiva do Instituto
Superior Tecnológico Pedro Traversari
(ISTPET), com o intuito de propor estratégias
pedagógicas para orientar seu uso responsável
e formativo. O estudo adotou uma abordagem
mista, desenvolvida em duas fases
complementares. Primeiramente, foi realizada
uma revisão sistemática da literatura, seguindo
as diretrizes PRISMA, que permitiu identificar
os principais usos da IA, seus impactos na
qualidade da aprendizagem e as estratégias
documentadas para sua integração pedagógica.
Posteriormente, um questionário estruturado
foi aplicado a 123 estudantes (36 de
Desenvolvimento de Software e 87 de
Mecânica Automotiva), composto por oito
questões fechadas que exploravam a frequência
de uso, os efeitos percebidos e as atitudes éticas
em relação à IA. Os resultados revelaram que
os usos mais comuns se concentram na
resolução de exercícios e na elaboração de
relatórios, confirmando uma tendência ao uso
instrumental. Embora a maioria dos estudantes
perceba uma melhora na qualidade de seu
aprendizado, uma porcentagem significativa
reconheceu que a IA limitou suas habilidades
analíticas e sua autonomia.
Palavras-chave: t
Inteligência artificial,
Ensino Superior Técnico, Aprendizado,
Competências, Autonomia acadêmica.
Introducción
En las dos últimas décadas, la inteligencia
artificial (IA) se ha consolidado como uno de
los fenómenos más disruptivos en el campo
educativo, generando transformaciones que
atraviesan tanto la enseñanza como el
aprendizaje en múltiples niveles y modalidades.
En la educación superior, y en particular en la
formación de carreras técnicas, la irrupción de
herramientas basadas en IA ha configurado
nuevas posibilidades para la gestión del
conocimiento, la personalización del
aprendizaje y la automatización de tareas
académicas (Gil et al., 2024). Sin embargo,
estas oportunidades conviven con riesgos
evidentes: el uso superficial, acrítico y, en
muchos casos, dependiente de estas tecnologías
por parte de los estudiantes (Aguilar et al.,
2023). Lejos de constituir únicamente un
recurso de apoyo, la IA se ha convertido en una
mediación cotidiana en la resolución de
problemas prácticos, la redacción de informes
técnicos y el desarrollo de proyectos
académicos (Iturralde, 2024). En el caso de los
institutos tecnológicos, como el Instituto
Superior Tecnológico Pedro Traversari
(ISTPET), esta tendencia se ha intensificado en
carreras de alta demanda tecnológica, tales
como Mecánica Automotriz y Desarrollo de
Software. Aunque se reconocen aportes
positivos como el acceso rápido a información
o la optimización de procesos repetitivos, se ha
identificado que el estudiantado recurre a estas