Página 659
Ecuadorian Amazon, understood as multi-scale
disputes arising from extractive oil and mining
activities, which generate environmental,
health, and legal impacts. The objective was to
analyze the period 2010–2025 to identify how
the impacts of extractivism are produced and
disputed, and what community and legal
responses arise in response to them. A narrative
review was conducted with a systematic search
of international academic databases,
integrating scientific literature, reports, and
national jurisprudence. The results show that
extractivism causes water, soil, and air
pollution, deforestation, and serious impacts on
community health, with critical events such as
oil spills and the persistence of flares despite
legal provisions. It also identifies processes of
community reorganization, strengthening of
prior consultation, and construction of new
forms of Indigenous governance that affirm
territorial self-determination. In the legal field,
innovations such as popular consultations and
constitutional rulings that recognize
environmental rights stand out, although their
implementation faces significant limitations. In
conclusion, Amazonian conflicts reveal
persistent damage, resilient community
responses, and still fragile regulatory
innovations, which require strengthening
effective enforcement mechanisms and
expanding Indigenous participation in the
comprehensive defense of the Amazon.
Keywords: Socio-environmental conflicts,
Indigenous territories, Ecuadorian Amazon,
Impact of extractivism.
Sumário
Este estudo aborda os conflitos socioambientais
em territórios indígenas na Amazônia
equatoriana, entendidos como disputas
multiescalares decorrentes das atividades
extrativistas de petróleo e mineração, que geram
impactos ambientais, sanitários e jurídicos. O
objetivo foi analisar o período de 2010 a 2025
para identificar como os impactos do
extrativismo são produzidos e disputados, e
quais respostas comunitárias e jurídicas surgem
em resposta a eles. Foi realizada uma revisão
narrativa com busca sistemática em bases de
dados acadêmicas internacionais, integrando
literatura científica, relatórios e jurisprudência
nacional. Os resultados mostram que o
extrativismo causa poluição da água, do solo e
do ar, desmatamento e sérios impactos à saúde
da comunidade, com eventos críticos como
derramamentos de petróleo e a persistência de
queimadas, apesar das disposições legais.
Também identifica processos de reorganização
comunitária, fortalecimento da consulta prévia
e construção de novas formas de governança
indígena que afirmam a autodeterminação
territorial. No campo jurídico, destacam-se
inovações como consultas populares e decisões
constitucionais que reconhecem direitos
ambientais, embora sua implementação
enfrente limitações significativas. Em
conclusão, os conflitos na Amazônia revelam
danos persistentes, respostas comunitárias
resilientes e inovações regulatórias ainda
frágeis, que exigem o fortalecimento de
mecanismos eficazes de fiscalização e a
ampliação da participação indígena na defesa
integral da Amazônia.
Palavras-chave: Conflitos socioambientais,
Territórios indígenas, Amazônia
equatoriana, Impacto do extrativismo.
Introducción
Los conflictos socioambientales en territorios
indígenas se entienden como disputas
persistentes por el control, uso y significado de
la naturaleza, donde se superponen regímenes
jurídicos, economías extractivas y cosmologías
indígenas. En Ecuador, estos conflictos se
intensifican cuando el extractivismo
(hidrocarburos, minería aurífera y a gran escala)
reconfigura relaciones sociedad-naturaleza,
impone infraestructuras y externaliza riesgos
sanitarios y ecológicos; al mismo tiempo, activa
repertorios de defensa territorial, litigio y
consulta previa. En clave multiescalar, los
impactos emergen y se encadenan desde el sitio
de extracción (contaminación, pérdida de
biodiversidad), el nivel meso (reordenamientos
hidrosociales, movilidad y periurbanización