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exhibited adsorptive capacity, albeit to a lesser
extent. These findings confirm that local
organic waste can be transformed into efficient
filters for water treatment, providing a viable
alternative for communities with limited access
to conventional technologies.
Keywords: Activated carbon, Coconut and
orange, Water sample, Turbidity, pH,
Electrical conductivity.
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do
carvão ativado produzido a partir de cascas de
coco e laranja na melhoria dos parâmetros
físico-químicos da água do Rio Caplina,
localizado na cidade de Tacna, Peru. Nesse
contexto, propôs-se a utilização de resíduos
orgânicos abundantes localmente, provenientes
de cascas de coco e laranja, como matéria-prima
para a produção de carvão ativado, alinhando o
trabalho aos princípios da economia circular e
do uso de recursos locais. A metodologia
consistiu na coleta de cascas de coco e laranja
em mercados locais, que foram submetidas a
processos de ativação química com ácido
fosfórico. Posteriormente, foi delineado um
experimento com dois tratamentos (carvão de
coco e laranja), três doses (5 g, 10 g e 15 g) e
três repetições por tratamento. Amostras de
água do Rio Caplina foram tratadas com os
respectivos filtros, e os parâmetros de pH,
turbidez e condutividade elétrica foram
medidos. A análise estatística foi realizada por
meio de ANOVA e teste de Tukey, com nível
de significância de 5%. Os resultados
mostraram que o carvão ativado de coco
apresentou maior efeito positivo nos parâmetros
avaliados, principalmente na redução da
turbidez (até 95%) e na melhoria do pH. Já o
carvão ativado de laranja também demonstrou
capacidade adsorvente, embora em menor grau.
Podemos concluir que resíduos orgânicos,
como coco e casca de laranja, podem ser
transformados em filtros eficientes para o
tratamento de água, constituindo uma
alternativa viável para comunidades com acesso
limitado a tecnologias convencionais.
Palavras-chave: Carvão ativado, Coco e
laranja, Amostra de água, Turbidez, pH,
Condutividade elétrica.
Introducción
La escasez de agua de calidad y su creciente
contaminación representan uno de los desafíos
ambientales y de salud pública más urgentes del
siglo XXI. En muchas regiones, especialmente
en países en desarrollo, los cuerpos hídricos
están expuestos a descargas domésticas,
agrícolas e industriales sin tratamiento previo,
lo cual deteriora significativamente su calidad
físico-química (Arcila y Jaramillo, 2022). La
ciudad de Tacna no es ajena a esta realidad: el
río Caplina, fuente superficial que atraviesa la
urbe, presenta niveles elevados de turbidez,
sólidos disueltos y presencia de metales, los
cuales comprometen su uso para riego,
consumo animal e incluso su potencial para
potabilización (EPS, 2024). Frente a esta
problemática, el desarrollo de tecnologías de
bajo costo y alto impacto se vuelve
fundamental. Entre ellas, el uso de carbón
activado como material filtrante ha sido
ampliamente estudiado debido a su elevada
capacidad adsorbente, su baja selectividad y su
capacidad para remover contaminantes tanto
orgánicos como inorgánicos (Smith et al., 2020;
Rodríguez, 2022). Esta capacidad se atribuye a
su estructura porosa altamente desarrollada, la
cual puede ser optimizada dependiendo del
precursor y método de activación empleados
(Gabriel, 2023).
Si bien el carbón activado comercial es
ampliamente utilizado, su costo limita su acceso
en comunidades rurales o de bajos recursos. Por
ello, la producción de carbón activado a partir
de residuos orgánicos, como cáscaras de frutas
o biomasa vegetal, ha emergido como una
solución viable, sostenible y alineada con los
principios de economía circular. Estudios
recientes han demostrado que residuos como la
cáscara de naranja, coco, piña o bambú pueden
convertirse en eficaces filtros naturales
mediante procesos de activación térmica o